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O engenheiro mecânico, responsável pela área Connected Building da empresa, falou sobre eficiência energética e automação predial, da teoria à prática, no primeiro evento do ano da Associação.

O primeiro FM Debate do ano, promovido pela Associação Brasileira de Facilities, ABRAFAC, contou com a palestra do engenheiro mecânico e responsável atualmente pela área Connected Building da Honeywell, André Lino, sob o tema “Eficiência Energética e Automação Predial: da teoria à prática”. O evento aconteceu no dia 20 de fevereiro, no prédio do Nubank, em São Paulo.

Na apresentação, o palestrante destacou a importância do Building Management System (BMS), ferramenta para tornar um empreendimento “inteligente”, garantindo produtividade, sustentabilidade, conforto e segurança dos ocupantes. “O uso eficiente de recursos naturais, aquecimento e resfriamento flexível, eficiência energética e hidráulica, monitoramento do consumo de energia, detecção de incêndio, monitoramento de vigilância e intrusão, controle de acesso de pessoas e veículos, detecção de vazamentos de água e gás, resposta a desastres, conforto e controle do ambiente interno, comunicação em rede e infraestrutura de dados, fonte de energia ininterrupta, comunicação sem fio e gestão do tráfego de pessoas, veículos e cargas estão entre os principais benefícios de um prédio inteligente”, afirmou Lino.

O palestrante também destacou a importância do conforto ambiental e temperatura de um ambiente, lembrando sempre da polêmica sobre o ar condicionado que muitas empresas registram problemas e reclamações. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o nível de umidade ideal para o organismo humano gira entre 40% e 70%. O ar seco afeta a via respiratória, pois necessitamos de umidade para fazer as trocas gasosas no pulmão, surgindo problemas respiratórios. Já a Vigilância Sanitária (Anvisa), informa que a temperatura ideal em ambientes fechados é algo entre 23 e 26°C. Estudos demonstram que a sensação de calor ou frio geram desconforto nas pessoas, afetando sua produtividade.

“Vamos começar a pensar em fazer construções com ativos estratégicos em vez de simples despesas gerais?”, questionou Lino, respondendo sobre a necessidade de se investir mais em economia e produtividade de longo prazo. O engenheiro também apontou a necessidade de projetistas, proprietários e gestores de facilities se envolverem com todos os stakeholders pelo menos na fase primária do planejamento e do projeto, para possibilitar melhores sistemas conectados e integrados.

Case Torres Empresariais Ibirapuera

Lino mostrou aos presentes um case das Torres Empresariais do Ibirapuera, em São Paulo, com o integrador E-Vertical, empresa brasileira especializada na prestação de serviços de operação, manutenção e instalação de sistemas de automação predial e segurança eletrônica. “O projeto consistiu na modernização dos equipamentos e software de automação e periféricos, revisão da lógica e aprimoramento do fluxo operacional da automação e dos processos relacionados a utilidades e a operação do ar condicionado que abastece as áreas comuns e privativas do empreendimento”.

O subcondomínio abriga duas torres com 56 conjuntos comerciais cada, possui área total de 50 mil m², está localizado no bairro de Moema, na capital paulista, está há cerca de 14 anos em operação e é ícone da capital paulista. “O desafio foi a evolução da eficiência no consumo de insumos, redução de resíduos e melhoria contínua. Um sistema de automação predial precisa se preocupar com as falhas humanas na operação, com o conforto e a satisfação dos ocupantes do espaço e com a atratividade do empreendimento, levando em conta a relação do custo x benefício”, reforçou Lino.

Outro ponto alto da apresentação abordou a questão do consumo de energia. “Segundo o Procel, o consumo de energia elétrica nos empreendimentos comerciais corresponde a cerca 35% de toda eletricidade consumida no país. Percebam a dimensão do problema em relação ao meio ambiente, quando analisamos a demanda de aeroportos, hospitais, condomínios comerciais, torres corporativas, escolas e universidades, hotéis, shoppings e lojas”, destacou.

O engenheiro também mostrou um gráfico da Energy Data Book, US DOE 2010, que aponta os principais índices de consumo: Ar condicionado responsável por 40% do consumo de energia, segundo o estudo; Iluminação – 19%; Equipamentos e máquinas – 15%; Elevadores – 3%; Bombeamento – 1%; Outros, com 22%.

De acordo com Lino, é essencial fazer simulações e estudos para desenhar e programar o modo de trabalho mais eficiente e seguro, envolvendo a equipe de engenharia e planejamento; analisar o desempenho e governança; e no controle e melhoria contínua, analisar a mensuração de insumos e resultados.

“Pilotar bem a automação é fundamental para resultados”, ressaltou o palestrante ao mostrar um overview do projeto das Torres Empresariais do Ibirapuera: “As etapas consistiram em planejamento; identificação de problemas e metas; diagnóstico de status em campo e de informações; benchmarks; validação de ferramentas e recursos necessários; orçamentação do plano de investimento; retrofit; instalação; aprovação do projeto; obra/instalação; desenvolvimento de lógica: engenharia e inteligência; operação profissional; controle de resultados e melhoria contínua”.

Por fim, Lino mostrou o resultado da iniciativa da Honeywell, juntamente com a E-Vertical. “A automação predial se viabiliza pelo ganho em eficiência energética. Registramos savings de 20% a 30% em payback de 10 a 24 meses. Além disso, conquistamos outros benefícios, como conforto térmico, qualidade do ar, melhoria de processos operacionais, ganho de produtividade e etc”, finalizou.


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Com reportagem da ABRAFAC.

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