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Renomados profissionais internacionais apresentaram suas diferentes experiências

O 12º Congresso & Expo ABRAFAC chegou ao fim, infelizmente! Entretanto, as lembranças desse encontro tão especial ficarão marcadas por muito tempo. O Tivoli Mofarrej Hotel em São Paulo, nos dias 4 e 5 de outubro de 2017, foi centro de painéis enriquecedores, debates informativos e uma troca de networking em escala internacional para o setor de Facilities.

Se o primeiro dia já havia conquistado a todos com temas pertinentes aos profissionais do setor, o segundo dia foi igualmente surpreendente e de grande oportunidade para quem desejava absorver ainda mais conhecimento e informações. 

Inclusão e Gestão de Pessoas

A primeiro palestra foi sobre Inclusão em Facilities, ministrado por Lenaldo Ribeiro, Supervisor de Manutenção na Monsanto. Dando um show de exemplos importantes para uma gestão voltada para empoderar e engajar os funcionários, Lenaldo apresentou as práticas adotadas na unidade de Camaçari, Salvador (BA). “Essas questões nos deixam sensíveis cada vez que nos aprofundamos no assunto”.

Lenaldo destacou pontos importantes para gerentes de Facilities que desejam ampliar o engajamento e a diversidade em empresa. Entre elas, ações que reforçam o acolhimento aos perfis de minorias nas corporações, desde deficientes físicos, mulheres, LGBTs, afros descendentes, até a comunidade ao redor. “Quem é de facilities deve se lembrar sempre que está cuidando de pessoas”, afirmou durante a palestra.

Por que as empresas perdem seus talentos para o mercado? Essa questão foi o tema da palestra de Ricardo Hingst, Coach?. E, sem dúvidas, conseguiu motivar todos os participantes. Com exemplos práticos, Ricardo abriu os olhos dos líderes presentes, fazendo-os se colocar no lugar de seus colaboradores. “Você trabalharia para você mesmo?”, refletiu com a plateia. 

Normas e Certificações

Stan Mitchel, CEO da Key Facilities Management?, subiu ao palco para levar aos gestores de Facilities a importante questão sobre as novas resoluções ISO. Narrando a linha do tempo dessa união que visa padronizar normas globais da profissão, Stan mostrou a importância da participação dos países nas conferências. “Todos os países participantes possuem o direito de liderar ações na ISO”. Stan ponderou que a criação de standarts (padrões) podem ser feitos entre países. “No FM global não falamos a mesma língua, por isso, precisamos unificar nosso vocabulário.”

Logo depois dessa importante questão, subiram ao palco Leonilton Tomaz Cleto, ASHRAE Chapter Brasil e Jorge Gennari, BCA Chapter Brasil (Building Commissioning Association), onde debateram o tema Os impactos da operação de sistemas prediais sobre o desempenho das edificações.

Jorge alertou os profissionais sobre a necessidade de se promover projetos conscientes e que evitem mudanças futuras. “Houve um aumento da população, mas não uma evolução no fornecimento de energia, por exemplo”. Segundo ele, mudanças posteriores podem apresentar custos maiores na implantação de projetos mais eficientes. 

O comissionamento precisa ser bem elaborado para que todo o processo corra com o máximo de eficácia. “Tudo depende do entendimento dos gestores, projetistas e até do proprietário, ou seja, todos envolvidos no processo”

Leonildo usou o seu conhecimento sobre refrigeração de ambientes para mostrar os impactos com comissionamento em sistemas prediais. Além disso, apresentou iniciativas que podem ajudar na eficiência em refrigeração, sem causar mal estar. “Qualquer medida de economia que diminua o conforto e produtividade é inviável”

Painel FM of the World

O primeiro debate da tarde foi de altíssimo nível, unindo quatro grandes nomes do setor de Facilities. Bill O’Neill, Chairman do IFMA, nos EUA; Ayuthaporn (Ek) Buranakul, Presidente da Thailand Facility Management Association (TFMA); Svend Bie, Diretor da Dansk Facilities Management, na Dinamarca; e, novamente, Stan Mitchel, CEO da Key Facilities Management? (substituindo Duncan Waddell, Presidente da Federação Global de FM).

Antes de responderem as perguntas dos moderadores e da plateia, cada um apresentou sua visão e experiência no mercado em suas regiões de origem. Bill se mostrou impressionado com as possibilidades que o Brasil pode oferecer ao setor. Todavia, Bill também sinalizou que o mercado global precisa melhorar. “Não temos muitos profissionais preparados. Não se trata apenas de saber sobre a tecnologia, mas sim tudo que envolve a infraestrutura”.

Ayuthaporn enriqueceu ainda mais o Painel pontuando sua visão do mercado asiático que teve crescimento de 4,4% no setor, sendo um dos que mais crescem no mundo. Segundo ele, existem 10 comitês na região que estão se preparando para transformações em grande escala na sociedade, como a migração da população rural para os centros urbanos. 

Como desafios encontrados, levantou questões como diferenças na linguagem, o pouco entendimento do conceito de FM, a falta de referências e modelos, entre outros.

Svend Bie também deu uma amostra de como a Dinamarca tem lidado com os desafios sobre o setor e o tradicionalismo da Dansk Facilities Management, existente desde 1991. “O FM precisa pensar não somente na redução de custo, mas em manter a qualidade com custos justos”.

Stan Mitchel presenteou o público com mais uma participação, dessa vez explorando como funciona o mercado do Reino Unido e da Austrália em FM. Para Stan, as diferenças entre o conceito de FM nos países é um desafio, assim como a gestão de pessoas, que precisa ser feita com dedicação e respeito.

Mega tendências: Painel Internacional — FM 2025

Encerrando o Congresso & Expo ABRAFAC 2017, Goran Milanov (Bulgária), Vice-presidente do Conselho da EuroFM; Peter Ankerstjerne (Dinamarca), Chefe Global de Marketing da ISS; Juan David Angel B. (Colômbia), LATAM Global Strategic Accounts Director – Sodexo S.A; e, novamente, Bill O’Neill, Chairman do IFMA, dos EUA (substituindo Tony Keane, CAE (EUA), Presidente e CEO da IFMA), foram além ao apresentar as megatendências em Facility Management.

Milanov falou um pouco sobre a EuroFM e da necessidade do FM focar no bem-estar dos colaboradores. Também elencou como tendências: a urbanização, êxodo rural, mega cidades, crescimento populacional, eficiência energética, mudança na economia, big data, Internet das Coisas e Robôs. Para Goran isso cria uma importância de integração da empresa em sua totalidade. “Devemos trabalhar em parceira dentro de toda a organização, com todos conhecendo
a estratégia.”

Bill levantou a seguinte questão: o que queremos ser daqui 10 anos? Também mostrou dados que mostram uma forte tendência de crescimento do mercado de FM na América do Sul. “O mercado de FM em regiões emergentes espera crescimento com o aquecimento de prédios comerciais”. Bill acredita que novos standarts de FM podem deixar a profissão mais consistente, porém é preciso investir na educação. No Brasil, isso não será diferente.

Juan mostrou um vídeo conceitual sobre a visão dos serviços tecnológicos e inovadores da empresa Sodexo. Esperando um grande aumento populacional até 2025, o mercado de FM precisará aproveitar as oportunidades em países emergentes, o aumento da relação de dependência da população mais idosa e um mundo mais globalizado. Além disso, as infraestruturas serão mais ecologicamente sustentáveis.

Por fim, Peter revelou um vídeo surpreendente e inspirador, apresentando como funciona o prédio inovador da ISS. Deu dicas para guiar gestores nessas transformações necessárias que podem trazer mais bem-estar aos colaboradores e clientes. Para ele, existem muitas oportunidades de digitalização e a retenção de talentos se torna cada vez mais essencial. “Reter talentos garante o futuro das organizações”, ponderou. As empresas vão investir também em melhores experiências em escritórios, atrás de engajamento e produtividade.

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