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Profissionais do mercado se juntam em rico debate sobre as tendências 

Encerrando o Congresso & Expo ABRAFAC 2017, que ocorreu nos dias 4 e 5 de outubro, no Tivoli Mofarrej Hotel, em São Paulo, foram citadas as tendências para os próximos anos. 

Goran Milanov (Bulgária), Vice-presidente do Conselho da EuroFM; Peter Ankerstjerne (Dinamarca), Chefe Global de Marketing da ISS; Juan David Angel B. (Colômbia), LATAM Global Strategic Accounts Director – Sodexo S.A; e, novamente, Bill O’Neill, Chairman do IFMA, dos EUA (substituindo Tony Keane, CAE (EUA), Presidente e CEO da IFMA), se juntaram para apresentar as megatendências em Facility Management. 

O moderador do painel foi o presidente da ABRAFAC, Luciano Brunherotto, que começou contextualizando o assunto e identificando o poderoso time que estava participando. “Nada melhor para falar de tendência do que empresas que cuidam de milhares de pessoas e assim possuem respaldo para cuidar dos nossos funcionários”.

O moderador lembrou que as pessoas estão dentro de edifícios gerando relações e processos, tudo isso com a base da tecnologia. “A tecnologia que ajuda os indivíduos com o mobile e contribui para a gestão dos edifícios com a IoT (Internet das Coisas)”.

Pessoas, edifícios e tecnologia, todos os palestrantes usaram esses três elementos como plano de fundo de suas falas. “No final, a experiência é o grande diferencial de como conduzir o ambiente de trabalho para que ele seja realmente algo pra que o FM e todas as pessoas desse meio façam a diferença”, salientou Luciano. 

Qual é a dificuldade para implementar essas experiências de alto nível? 

Para Peter Ankerstjerne, é necessário que para alcançar um alto nível de experiência de trabalho, o FM crie oportunidades atraentes. “Isso não é uma questão de comunidade, são pessoas com carreiras e temos de tentar melhores salários para elas. Isso requer treinamento e envolvimento. É preciso alimentar todo o sistema para se ter os benefícios”. 

Goran foi mais enfático quando se fala de humanos na empresa. “Acho que temos de cuidar, já que estamos falando de pessoas, humanos e somos todos emocionais. Mas somos vítimas dos próprios hábitos. Isso é parte da tecnologia”.

Já para Bill, o tempo é uma questão chave de um processo para se alcançar uma boa experiência. “Toda mudança leva tempo. Não deveríamos falar de revoluções, mas de evoluções. Precisamos nos adaptar. Criar experiências é a chave. Essa experiência requer duas coisas: não é apenas para pessoas de fora, consumidores, mas para nossos parceiros e funcionários”.

Representante da América Latina no palco, Juan David, apontou que as mudanças são sempre difíceis e elas têm a ver com liderança, por isso se deve conseguir líderes com a formação correta, treinamento correto e, assim, conseguir que os profissionais escutem também. “Depois de ver todas essas apresentações, é bem motivador pensar que as pessoas estão, realmente, andando em direção a esse tipo de aplicação. Em nosso grupo, somos evolucionários”.

Dentro das mega tendências, o trabalho remoto é considerado ou não uma atividade a ser gerenciada pelo FM? Onde o FM se encaixa?

Peter começa essa rodada do painel respondendo que na Austrália, por exemplo, o SEO de uma empresa pode se encrencar se os colaboradores tiverem trabalhando de modo errado e tiverem algum acidente de trabalho. “Se eles não estão sentados diretos à mesa, ou algo do tipo, o SEO pode se encrencar com isso, mesmo se for trabalho de casa. Acho que precisamos aumentar o home work como parte do nosso domínio e isso é maravilhoso para algumas oportunidades e companhias de serviços”. 

Para Peter, celulares ajudam muito no trabalho, não importa o lugar. “Cabe aos Gestores de Facilities encontrarem formas de ajudar as pessoas a fazerem esses espaços ergonomicamente corretos, falar sobre segurança, tecnologia que funciona, é uma oportunidade enorme. Precisamos oferecer serviços básicos para ajudar esse profissional”. 

Goran ressaltou que os escritórios não são mais simples lugares feitos para trabalhar, mas sim ter uma experiência profissional com colegas. “Principalmente na indústria se de serviço que o trabalho é 24h. Muitos países na Europa, por causa da Legislação, mesmo que você esteja com seu celular, não se recebe e-mail de empresas. Mas há pessoas que são diferentes, com idades diferentes, que dependendo da dinâmica são mais criativas e produtivas”. 

Segundo Goran, o papel do FM é fornecer esses serviços ajustados à necessidade única para pessoas diversas em companhias diferentes. “Com a tecnologia e essas habilidades, as nossas técnicas de recursos humanos precisam fornecer facilmente esse tipo de serviço e adaptar a essas novas demandas”. 

Juan acrescentou com sua visão dos países latinos. “Em países da América do Sul, temos uma legislação que está mudando para esse tipo de trabalho. Na Sodexo temos serviços de concierge, limpeza de residências nos EUA. Precisamos seguir a legislação, interagir com ela. Entender a tecnologia que está chegando agora. Precisamos colocar os dois juntos e promover essa experiência”.? 

Entretanto, o participante do painel vê com cautela a questão. “Acho que tem diferentes formatos de serviços acontecendo hoje, como os Cafés que se transformaram em locais de trabalho, por isso, a questão é saber o que esse funcionário está fazendo. Isso tem como mensurar, mas as vezes não. O ideal é ter a métrica correta. O FM precisa saber isso”. 

Bill ressaltou que a Economia Colaborativa é a bola da vez. “Há décadas era proibido trabalhar de casa, mas agora isso mudou. Se temos uma legislação que está evoluindo isso, precisamos ser ativos para usufruir. Não é nosso domínio, mas precisamos olhar o que é positivo ou não e incluir isso no nosso core business.? 

Vocês enxergam a infraestrutura das cidades se ampliando para criar essas experiências para os habitantes? 

Entre os participantes, essa questão é unânime. “Sem dúvidas nenhuma, eu diria. Há uma linha tênue. Na minha cidade, eles repensaram os espaços não utilizados e colocaram tecnologia para causar interação das pessoas. Acho que é responsabilidade dos governos com essa questão. Por exemplo, os parques. Deveriam estar lá para o bem das pessoas, mas nem sempre pensam na manutenção. O governo tem muito o que fazer nessa direção”, opinou Peter.

Os participantes relembraram que essa noção de cidades e edifícios inteligentes estão lado a lado. A questão da sustentabilidade impulsionou ainda mais essa necessidade. No debate, lembraram que sensores de movimento ajudam a economizar e ajudar o planeta com a opção de ligar ou desligar a luz, automaticamente. “Estamos chegando em um momento em que tudo está conectado, iluminação, transporte e é tudo muito fascinante”.

As impressões do Congresso & Expo ABRAFAC: 

Juan: “Estamos em um mundo novo que está mudando muito rapidamente e a integração de serviço não é só pra nós como organizações. Precisamos pensar mais, oferecer experiências e entregar uma vida melhor para funcionários e clientes. Isso será o mais importante: integrar a Gestão de Facilities e oferecer melhor experiência”.

Peter: “O Congresso foi fantástico! Parabéns a ABRAFAC! Com todos os recursos que possuem aqui, ainda vamos ouvir falar muito de vocês! O Brasil é fascinante e vocês precisam cuidar de algumas questões políticas que estão atrasando um pouco o processo e vão ficar bem. Esperamos que o Brasil melhore sua economia para o bem do mercado global”. 

Bill: “Primeiro, quero dizer que o Congresso foi fabuloso! Aprendi muito, conheci pessoas novas… Foi muito interessante. Quando eu escuto esses resumos que vocês fizeram sobre mega tendências, as organizações devem educar e juntar as pessoas. Eu penso que isso será um tópico para o ano que vem, pois isso vai impactar a todos. Estou ansioso pelo ano que vem!

Goran: “Foi um grande evento, uma organização fantástica. Os palestrantes e os casos brasileiros e internacionais, com certeza, são parte do desenvolvimento de FM. Quando olho aqui em volta, vejo muito trabalho a ser feito. Também quero estar aqui no próximo ano. Sei que vocês vão conseguir resultados fantásticos. Obrigado pelo convite! 

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