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Ricardo Konda, Engenheiro de Vendas da Honeywell, divisão Building Management Systems (BMS), escreve sobre o desejo de se ter ferramentas que possibilitam otimizações em todos os segmentos da operação e a falta de conhecimento em como implementar as estratégias.

Ricardo A. Konda, engenheiro de Vendas da Honeywell, divisão Building Management Systems (BMS).

Você conhece o ditado: “Você não consegue aprimorar o que você não consegue medir“? Quando se trata de energia, este ditado é a mais pura verdade.

Nas minhas interações com clientes de varejo noto que é unânime o desejo de se ter ferramentas que possibilitam otimizações em todos os segmentos da operação, já que o setor vive diariamente com a pressão de aumentar as vendas, cortar os custos sem prejudicar a experiência do cliente na loja, e no final do dia apresentar lucratividade e os maiores ganhos possíveis aos seus investidores. Porém, a falta de conhecimento em como implementar as estratégias para o melhor aproveitamento destas ferramentas de gerenciamento assusta e deixa aquele “pé atrás”, fazendo com que os planos de inovação para essa área não saiam do papel.

Neste artigo, vamos focar nas ferramentas que visam a otimização dos gastos com energia e responder algumas perguntas que, frequentemente, ouço dos responsáveis por sistemas de lojas, no varejo:

  • Por onde começar?
  • Como saber onde posso economizar energia? Como saber onde estou tendo problemas de energia hoje?
  • Como garantir que os gerentes locais das minhas lojas espalhadas pelo Brasil estão agindo de acordo com a estratégia definida?
  • Como controlar os equipamentos que mais gastam energia, otimizando sua operação?
  • Como fazer com que o meu gerente de loja foque em vender e não em ligar/desligar ar condicionado, ligar/desligar iluminação, perca tempo acionando e monitorando atividades de mantenedores de sistemas etc?

Vejam este gráfico retirado do site da Energy Information Administration que apresenta a relação percentual dos gastos energéticos do setor varejista dos EUA (os números para o Brasil não fogem muito disso), por tipo de sistema consumidor de energia:

Fica claro que os maiores vilões do consumo de energia do varejo são os sistemas de ar-condicionado (46%) e de iluminação (35%). Para os supermercados podemos adicionar nessa turma os sistemas de refrigeração alimentar. Portanto, nada mais justo do que atacar estes sistemas para ser bem sucedido no corte de custos com energia.

Existem várias estratégias que, se utilizadas em conjunto, podem responder as perguntas do início desse artigo, alavancar o seu negócio e, com certeza, maximizar a sua operação sempre visando o objetivo principal: vender mais e gastar menos.

  1. PROJETE SUA LOJA E ATUALIZE SEUS SISTEMAS BUSCANDO EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

Ao realizar o projeto da sua loja, busque por sistemas de refrigeração, ar-condicionado e iluminação modernos, que possuam garantias de eficiência. Não cometa o erro de considerar somente o preço dos equipamentos no momento da aquisição. Pense no custo durante o ciclo de vida total deste equipamentos: “quantos anos vai funcionar bem? De quanto em quanto tempo precisa de manutenção? De quanto em quanto tempo preciso trocar alguma peça? Quanto gasta de energia por hora de operação?”.

Estes sistemas tem sua tecnologia atualizada constantemente. Novos equipamentos aparecem no mercado e quase sempre trazem junto com a sua nova tecnologia o benefício de consumir menos energia. Por isso, mantenha em seu planejamento as verbas necessárias para atualizar seus sistemas periodicamente. O segredo é saber quais sistemas atualizar e quando atualizar.

  1. UTILIZE TÁTICAS NO DIA A DIA PARA ECONOMIZAR ENERGIA

É possível utilizar táticas simples do dia a dia para economizar:

  • Programe seus equipamentos para ligar/desligar automaticamente em horários pré-definidos (abertura e fechamento da loja);
  • Programe seus equipamentos para funcionarem de maneiras diferentes de acordo com a ocupação dos setores da loja. Muita gente = modo “normal” ou “total”, pouca gente ou ninguém = modo “stand by”, por exemplo;
  • Aproveite a luminosidade natural externa, caso sua loja te dê essa possibilidade. Grandes ganhos de energia com iluminação podem surgir desta tática;
  • Faça um controle de demanda. Evite que sua loja tenha picos de consumo de energia e fuja de uma faixa pré-estabelecida que origina multas e aumento da conta.
  1. MEÇA, TENHA DADOS, MONITORE!

Quando você coleta os dados de consumo de energia de cada um dos sistemas implantados na sua loja, você tem em suas mãos a possibilidade de:

  • Avaliar qual o consumo atual; se este consumo está dentro da normalidade ou se existe algum problema na máquina; se está obedecendo os padrões determinados pelo fabricante etc.;
  • Provar que após a adoção das estratégias, o consumo diminuiu e comprovar o sucesso do plano de gerenciamento;
  • Fazer comparativos entre lojas, buscando padronização e otimização “multi-site”.

Tenho certeza que você, varejista, lendo isso, já teve várias outras ideias e visualizou outras possibilidades que encaixam no seu negócio. O monitoramento contínuo e a extração de dados permite uma reação mais rápida a qualquer anormalidade antes que ela se transforme em uma conta de energia exorbitante no final do mês.

  1. UTILIZE UMA FERRAMENTA DE GERENCIAMENTO DE ENERGIA E AUTOMAÇÃO

Esta, na verdade, é uma estratégia que une todas as anteriores. É por meio de um Software de Gerenciamento de Energia e Automação que é possível monitorar o ciclo de vida dos seus sistemas, identificar problemas o mais rápido possível, programar horários de liga/desliga de máquinas, programar funcionamentos de acordo com o movimento de clientes dentro da loja, controlar demandas, monitorar exatamente quanto cada sistema está gastando de energia, gerar dados e relatórios, receber alarmes via e-mail ou mensagem de texto em tempo real sobre alguma anormalidade. As possibilidades são enormes!

Software de Gerenciamento de Energia – Honeywell Niagara.

 

Existem vários software de gerenciamento no mercado brasileiro, desde os mais simples até os mais completos que possibilitam integração com outros sistemas, como Segurança, CFTV, Controle de Acesso, Segurança contra Incêndio, entre outros, facilitando a operação da loja toda por meio de uma mesma ferramenta. Estas estratégias ainda não fazem parte dos procedimentos padrões e não estão enraizadas nas estratégias da maior parte do varejo brasileiro. Mas, acredite! Grandes redes já entenderam que o gerenciamento da informação (não só de energia) deve fazer parte do plano de negócio e será fundamental em um curtíssimo espaço de tempo, seja por motivos ambientais e sustentáveis, ou financeiros e operacionais.


Sobre o autor

Ricardo A. Konda é Engenheiro Elétrico pela Universidade de São Paulo – USP. Possui experiência na área Automação Predial e Gerenciamento de Energia, com foco em clientes finais do mercado varejista, bancário, multi site e facility managers, entre outros. Já trabalhou como Engenheiro de Aplicação na Siemens. Atualmente, é Engenheiro de Vendas da Honeywell, divisão Building Management Systems (BMS).
[email protected]


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