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Você, Gestor de Facilities, responda: gostaria de ter um chefe que seja exatamente como você? Se a sua resposta não for positiva ou você tiver dúvidas sobre essa hipotética possibilidade, esse texto pode te ajudar a ser um líder melhor.

O 12º Congresso & Expo ABRAFAC 2017, que ocorreu nos dias 4 e 5 de outubro de 2017, no Tivoli Mofarrej Hotel, em São Paulo, contou com a apresentação reflexiva do coach Ricardo Hingst, sobre o tema “Por que as empresas perdem seus talentos para o mercado?”Saiba mais a seguir. 

“Dentro de alguns meses, estará marcado no calendário das pessoas o dia mundial da lamentação e frustração das pessoas com o seu trabalho. Trata-se do dia 2 de janeiro. Esse dia é quando as pessoas estão cansadas de seu trabalho e refletem o que elas terão de enfrentar durante o ano, o excesso de tarefas que elas terão e os relacionamentos que terão de lidar”, instigou Ricardo no início de sua palestra. 

Porém, ele complementa que, por outro lado, existem pessoas que olham de forma positiva a oportunidade de estarem trabalhando, estão motivadas com o serviço, com o tempo que estão com os colegas de trabalho e que pensem: “talvez esse ano posso superar os desafios, será um ano bom”. 

“Todos os dias levanto de manhã e faço o máximo para que o cenário do segundo quadro de pessoas se torne cada vez maior. Que as pessoas consigam encontrar a verdadeira motivação para trabalhar, fazer o que acreditam, utilizar seu talento em torno de construir uma sociedade melhor”, afirmou o Coach. 

Ricardo lembra que as pessoas passam, em suas vidas inteiras, cerca de 1/3 do tempo no ambiente de trabalho. “Não é possível que você passe tanto tempo assim lamentando sobre a sua função”.

Segundo o Coach, isso ocorre porque existe um “paradoxo da liderança” em muitas empresas. “Quando você começou a sua carreira, você procurava contribuir com todos os setores. Você entrava na sua empresa, cumprimentava todas as pessoas, se relacionava bem com todos e, de repente, justamente por terem percebido essa característica em você, a sua empresa te promoveu. O paradoxo acontece porque a maioria das pessoas quando ganham uma promoção, se transformam totalmente em outro ser”, explicou. 

De acordo com Ricardo, muitos funcionários em posições com cargos maiores passam a entrar no ambiente de trabalho sem olhar para os lados, causando o que grande parte dos colaboradores percebe como “invisibilidade corporativa”. Essa situação é definida quando as pessoas não se sentem reconhecidas e valorizadas.

A responsabilidade é desses líderes que até então tinham grande relacionamento com as pessoas ao redor. Essa frustração fica estampada no rosto de todos os colaboradores. E, como estamos cada vez mais envolvidos no ambiente profissional frustrado, levamos isso para o campo pessoal”, refletiu.

Ricardo, que é especialista em Gestão e Desenvolvimento de Pessoas através de ferramentas de Gestão e Autoconhecimento, levanta as seguintes questões: Existe uma maneira das pessoas terem satisfação no que fazem? De reverter a insatisfação com o trabalho? 

O palestrante então menciona o escritor e consultor de Gestão e Liderança norte-americano, Simon Sinek, que desenvolveu a “Teoria do Círculo de Ouro da Liderança”. Segundo esse especialista, os líderes que conseguem engajamento com a equipe usam essa teoria como base. “O que ele propõe é que a comunicação do líder e da empresa seja realizada de dentro para fora. Entendendo o quê você faz, como se faz e por que você faz”, explicou Ricardo. 

Por quê?

O palestrante então instigou com as questões: Por que um colaborador ficaria na sua empresa? Por que ele não te trocaria por outra empresa? “Se você não der a ele uma razão, certamente você o perderá”, completou. 

Ricardo diz que o lucro nunca deve ser a justificativa do “por quê”, já que isso se trata de uma consequência, de um resultado. “Se eu perguntar para uma equipe qual o propósito do trabalho deles e perguntar a você a mesma coisa, as respostas estarão alinhadas? Caso não estejam, você pode perdê-los”, alertou. 

“Se pergunte qual é o seu propósito na empresa e procure saber se os seus colaboradores sabem cada um o seu. Pergunte-se: “Você gostaria de trabalhar para si mesmo”? 

Lições para reter talentos em sua empresa 

Ricardo Hingst deu algumas dicas para não perder colaboradores por falta de motivação no trabalho: 

As pessoas não são o inimigo 

“As pessoas são a principal razão de você ter uma empresa. Elas levantaram para irem a sua empresa, elas estão frustadas, se dedicam a sua empresa, tem problemas com relacionamento por causa de sacríficos realizados na sua empresa. Você precisa se dedicar a elas. É um desafio liderar e você vai precisar fazer isso através dessas pessoas.” 

Comece pelo “por que”, para depois definir o “como” e o “o quê 

“Quando você abre uma empresa, tudo tem propósito, você segue um sonho. Depois que ela começa a crescer e tudo se transforma em processos e métodos. E as pessoas acabam ficando em segundo plano.” 

“Depois de alguns anos, você acaba precisando contratar uma consultoria pra entender e lembrar qual é o propósito da empresa. Isso ocorre porque as pessoas focam apenas no “O quê” e no “Como”. Comece sempre pelo “Por que”. É assim que você vai gerar satisfação para as pessoas. 

Ouvir, dar crédito e instruir: aprendizado, firmeza e compaixão 

“Ouça genuinamente as pessoas. Muitas possuem dificuldade em ouvir. Não é natural de nós ouvirmos, temos a mania de interromper.
Você não precisa ser o dono de todo o sucesso da empresa. Grande parte das solução dos problemas das pessoas está em ouvir.”
 

“O técnico de futebol, por exemplo, tem a mania de falar que quando o time perde, a responsabilidade é dele, quando ganha, todos são vencedores. Quanto tiver algo de insucesso, o que é comum para todos e todas as empresas, assuma a responsabilidade e, quando vencer, divida o crédito. Qual é o problema disso?” 

“O dever de um líder é ensinar. Todos nós tivemos um começo com um grande líder que nos ensinou tudo. Por isso, ensine.”

Crie um ambiente de confiança e segurança 

“Como elas vão confiar em você? Quando você disser quais são as principais crenças e valores. O que você acredita. Seja transparente, acabe com as ameaças no ambiente de trabalho. Ninguém gosta de trabalhar em um ambiente hostil.” 

Dê perspectiva a sua equipe 

“Mostre para as pessoas onde elas podem chegar. Segure em suas mãos e as mostre onde elas podem ir. A perspectiva maior não é a competição, mas sim mostrar que elas estão em um jogo sem fim, onde se melhora a cada dia, e não que elas precisam destruir outras pessoas em uma competição.” 

Estimule a cooperação

“Você treina, treina e treina indivíduos. Aí você chega na empresa e percebe que os setores não se comunicam entre si. Isso é reflexo de um ambiente competitivo. Façam os departamentos trabalharem juntos, pois o mundo é cooperativo, na sociedade cada um tem sua função para bens maiores. Implante isso na sua empresa, elimine o individualismo.” 

Pratique a generosidade 

“O último nível de liderança que você vai alcançar é o de caráter. As pessoas vão te seguir pelo caráter que você manifestar. O seu caráter será reconhecido quando você mostrar a bondade. Quando você entender que as pessoas podem ser desenvolvidas.”

“Você precisa viver em um mundo onde a sua contribuição como empresa e ser humano é a coisa mais importante que você tem e essa contribuição se fará quando eliminar o seu egoísmo e fizer alguma coisa por alguém.”

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