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Com o objetivo de trazer as mais variadas características de diferentes mercados do Facility Management em relação ao Brasil, o Painel FM of the World, realizado durante o 12º Congresso & Expo ABRAFAC 2017, que ocorreu nos dias 4 e 5 de outubro de 2017, no Tivoli Mofarrej Hotel, em São Paulo, foi um rico momento de aprendizado para todos os participantes presentes.

Com a participação de Ayuthaporn (Ek) Buranakul, Presidente da Thailand Facility Management Association (TFMA); Svend Bie, Diretor da Dansk Facilities Management, na Dinamarca; Bill O’Neill, Chairman do IFMA (International Facility Management Association); e Stan Mitchel, CEO da Key Facilities Management, o debate foi mediado pelo Vice Presidente da ABRAFAC, Thiago Santana.

O moderador começou questionando Bill O’Neill sobre o sucesso do IFMA que agrega mais de 25 mil membros. “Todas as associações no mundo que nós nos relacionamos, todas possuem um problema quantitativo com engajamento de associados que é de trazer pessoas para participar das comunidades de facilities. Como vocês conseguiram superar essa barreira?” 

Bill revelou que a IFMA está engajando esses profissionais há 35 anos, enquanto muitas se voluntariavam por pura paixão pela profissão. “Reconhecemos esses membros como os profissionais que interagiam mesmo trabalhando em outros lugares e se envolvendo em outras associações pelo mundo, como de engenheiros”.

Bill acrescentou que o engajamento é feito pela promoção dos membros de forma interna. Os encorajamos a mudar de nível para serem líderes em conselhos em comunidades diferentes. Você precisa criar isso para que as pessoas se conectem”. Ele ainda disse que as normas e os padrões internacionais são bem válidos para esse engajamento. “Todos profissionais de facilities tem uma oportunidade de criar uma organização baseada nessa diretriz”.

Novas tecnologias 

Quando o assunto é tecnologia, Ayuthaporn (Ek) Buranakul afirmou que o assunto requer cautela. “É preciso ter em mente que essas tecnologias mudam muito. Costumo dizer que o FM não é super-herói, muito pelo contrário, podemos até nos tornarmos vilões. Precisamos nos unir, como uma ‘Liga da Justiça’, agregando as outras áreas, técnicos, engenheiros, arquitetos, TI, entre outros, e precisamos aprender com eles”. 

De acordo com Ek, não existe apenas uma resposta sobre o que o FM pode fazer. “Passei 3 a 4 anos vindo em conferências como da ABRAFAC. Aprendi muito que algumas coisas podem ser usadas na Tailândia e outras não. Mas há algumas que podemos compartilhar, e aprendermos uns com os outros”. 

Para Svend Bie, o moderador comentou os números de que, na Dinamarca, o setor público só tem 25% de trabalho terceirizado e pediu uma analise sobre esse cenário, já que no Brasil isso é uma questão complexa.

“O que vimos nesse momento é que o setor público está muito atrasado. Para falar ao governo sobre organizações de FM era complicado, mas hoje essas barreiras foram ultrapassadas. O que está acontecendo no setor público, está até mais acelerado do que no privado, que antes era mais avançado”. Svend acrescentou que o setor público é sempre conhecido como algo que está com defeito e com problemas no desenvolvimento, mas agora tem conseguido superar problemas. 

Educação e o futuro do FM 

Sobre educação, Thiago quis saber como cada participante do debate enxergava essa situação nas respectivas regiões. Stan Mitchel afirmou que por serem diferentes culturas, os países se desenvolvem de variadas velocidades e níveis de conhecimento. “Nosso mercado está quase maduro, mas não foram bem as universidades que causaram isso, foi o mercado que pediu por isso. A Holanda, por exemplo, realmente agarrou o momento, formando excelentes alunos e suas faculdades e instituições são as melhores no mundo. O certo é cada um crescer e assim fortalecermos o setor”. 

Svend concordou com Stan, acrescentando que as companhias privadas estão criando mundialmente organizações de FM. “Mas não tem como ser relevante se está trabalhando apenas em seu país. É preciso se tornar uma organização global, auxiliar as outras que existem pelo mundo e, assim, ser relevante globalmente”.

Para Ek, é importante ressaltar que FM é uma multi disciplina. “Estamos tentando fazer com que todos trabalhem em conjunto, para que, assim, todos entendam o que estamos fazendo. Antes muitos poucos faziam ideia do nosso trabalho, mas a cada crise aparecem novas oportunidades”. Segundo ele, na Tailândia, a crise ofereceu uma questão: “como reduzir os custos?”. Isso mudou tudo. “A situação fez com que as pessoas ficassem conscientes que existia o Facilities e o FM para ajudar a administrar isso. Precisamos conectar essas pessoa e transmitir esse conhecimento”. 

Para o palestrante oriundo da Tailândia, é aguardado que daqui cinco anos essa experiência esteja madura para que seja compreendida no mundo todo. “Esperamos conseguir que pessoas de diferentes regiões possam entender como o FM impacta diretamente elas. Devemos fazer com que as associações se energizem”. 

Stan complementou que, as pessoas ligadas aos processos, precisam ter acesso à tecnologia, pois as mudanças são rápidas e imensas. “Nós como FM e parte de associações precisamos aprender com o que está vindo. Precisamos nos envolver muito mais nos próximos anos. Como profissionais de FM, precisamos começar a entender o que é um mercado emergente e nos prepararmos para as inovações tecnológicas”. 

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