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Publicado em 14 de junho de 2019

Nos dias atuais dentro do âmbito corporativo, mesmo aquela pessoa que não é a dominadora da língua inglesa, sabe bem o que se trata a palavra compliance.

Elisa Saab

O termo compliance significa: estar em conformidade, obedecer, satisfazer o que foi imposto, comprometer-se com a integridade. No âmbito corporativo, uma organização “em compliance” é aquela que cumpre e observa rigorosamente a legislação à qual se submete e aplica princípios éticos nas suas tomadas de decisões. (Entenda o que é Compliance , 2019).

Esse tal compliance chegou junto com as multinacionais americanas e agora está se transformando em algo obrigatório também em nossas empresas brasileiras. Principalmente aqui no Brasil, devido a nossa famosa corrupção, esse nome está sendo bem divulgado e as instituições estão investindo cada vez mais em departamentos jurídicos, com essa estrutura dedicada a área de compliance, com políticas específicas, mapeamento de riscos, código de conduta, comunicação, treinamento, canais de denúncias, investigações, comitê disciplinar, controles e auditorias.

Aí entra o gestor da área de facilities, que não é um coadjuvante junto ao compliance, mas sim o departamento que muitas vezes trabalha diretamente com o jurídico para definição e implantação de políticas a serem seguidas: quanto à contratação de fornecedores, compras, viagens corporativas, aluguel de carro, eventos, incentivos, até pequenas regras de convivência, utilização dos espaços da empresa, utilização dos equipamentos. Tudo, simplesmente tudo, entrará em uma política de compliance.

Muitos colaboradores custam a entender que as regras devem ser seguidas por todos, independente do departamento, do cargo ou tempo de empresa. E, aí, entra aquele famoso jeitinho brasileiro em jogo. Confesso que já criei algumas inimizades por fazer as coisas do jeito certo. Eu ficava desconcertada de ter que chamar a atenção das pessoas, principalmente, quando se tratava de gerentes, supervisores ou chefes de departamento.

Houveram situações que pensei até que iria perder o meu emprego por seguir as regras impostas pela empresa. Mesmo com as regras bem claras, as pessoas fingiam que elas não existiam, como: alugar carro aos finais de semana, trazer para a festa da empresa quatro convidados, aonde eram permitidos somente dois; solicitar passagem aérea e hotéis totalmente fora do budget pré-definido; usar do dinheiro da empresa para jantares em restaurantes de luxo, totalmente fora do conceito da empresa; forçar a troca de computador antes do prazo, porque o coleguinha recebeu um equipamento.

Nessas situações, o gestor de facilities tem que mostrar que tem jogo de cintura para “impor” as regras de maneira sutil, para ninguém se sentir ofendido. Lidar com os colaboradores mais mimados, ter aquela paciência para explicar e deixar a comunicação sobre compliance bem clara para todos e, principalmente, mostrar que é exemplo, e também seguir as regras e aplicá-las ao seu departamento.

Referências:
Entenda o que é Compliance . (15 de Abril de 2019).
Fonte: Forum: http://www.editoraforum.com.br/noticias/entenda-o-que-e-compliance-e-descubra-os-principais-beneficios-para-as-empresas/


Elisa Saab é formada em administração hoteleira pela Universidade Anhembi Morumbi, UAM, e pós graduada com MBA em Gestão Estratégica de Negócios pela Faculdade de Informática e Administração Paulista, FIAP. Possui ampla experiência na indústria hoteleira, atendimento ao cliente e na área de facilities. Já trabalhou em empresas como a Disney Company, Royal Caribbean, Accor Hotels, Booking.com, Innera Facilities, entre outras.

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