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Publicado em 19 de fevereiro de 2019

Jaxon Lang, da CommScope; Duncan Waddell, da Global FM; e Jagadish N. Naik, da Honeywell opinam sobre o novo perfil das mega cidades, a transformação dos edifícios e como a questão gerará oportunidades para a área de facility.

Qual é o novo perfil das mega cidades? Como será a transformação dos edifícios? Como essa questão gerará oportunidades para o facility? A tecnologia ditará as cidades do futuro?

Três especialistas respondem essas perguntas: Jaxon Lang, vice-presidente da CommScope; Duncan Waddell, uma das principais autoridades da profissão de gerenciamento de facilities da Austrália e presidente da Global FM; e Jagadish N. Naik, da Índia, diretor de Smart Buildings na Honeywell.

Qual a relação da gestão de facilities com o governo?

Duncan Waddell: a gestão de facilities representa de 2 a 4% do PIB de um país. Essa informação é poderosa para governos reconhecerem a importância da profissão e do setor. O que tem me preocupado é que, globalmente, estamos passando por mudanças rápidas. Esses trabalhos tendem a passar por pressão de custos. Todos querem pagar o preço mais baixo, sem a importância de saber se um serviço é profissional. Os gestores possuem uma responsabilidade com o futuro da área.

Em sua opinião a tecnologia ditará as cidades no futuro?

Duncan Waddell: Uma Smart City deve usar a tecnologia para coletar dados, compreendê-los e se comunicar. Todas essas cidades levam a resultados inteligentes. Temos diferentes níveis de informações sendo disseminadas, análises entrando em ação e temos resultados para aprender. Nas Smart Cities existem as políticas e padrões, o que é positivo para o FM, porém precisamos falar sobre política de dados abertos, IoT, desenvolvimento sustentável, mobilidade inteligente e política de infraestrutura. Todos esses elementos precisam ser levados em consideração em uma estratégia de cidade inteligente.

Como transformar os prédios em inteligentes?

Duncan Waddell: Existe uma lacuna nessa transformação, não se tratam de obrigação dos governos apenas e todos da área devem estar empenhados em trazer inovações para as cidades. Para essa transição deverão ocorrer três fatores: População; Riqueza e acesso aos fundos; Infraestrutura e tecnologia.

Isso tudo vai se tornar realidade, pois teremos muitas pessoas morando nas cidades e a necessidade de adaptação. Cada cidade vai enfrentar isso e será necessário trazer essas iniciativas.

E quais são os fatores críticos para o profissional de FM?

Duncan Waddell: Deixar as construções mais inteligentes, adoção de IoT, entre outras soluções. O analítico será muito importante para o FM, onde a análise de dados trará mais compreensão para as mudanças. Saber como engajar de forma mais significativa a conectividade, manutenção e a comunicação para entregar valor ao cliente é um desafio cotidiano. Precisamos nos manter abertos para as mudanças, entender os recursos e a transformação digital que está acontecendo. Sobretudo, entender as pessoas, pois não se trata apenas sobre dinheiro. Procurar saber como o facility pode ser mais inclusivo é fundamental.

Como a tecnologia está mudando o FM e qual é o seu impacto nas construções e infraestrutura das mega cidades?

Jagadish Naik: A tecnologia está afetando todo o ciclo de vida do setor de facilities e instalações. Desde a fase de construção até como os edifícios estão em operação e, eventualmente, eles são recondicionados. A tecnologia está possibilitando melhores ferramentas para design e operações. Também está tornando os processos de negócios mais eficientes. Isso nos oferece a capacidade de analisar os dados do passado, além de nos ajudar a prever os futuros comportamentos operacionais usando técnicas de modelagem. O impacto da tecnologia reflete nos proprietários do prédio, gerentes de facilities, colaboradores e visitantes.

Quais são as principais oportunidades em FM relacionadas à essa transformação da tecnologia?

Jagadish Naik: A melhoria da manutenção, da engenharia e das operações; a produtividade do trabalho, a eficiência energética e a “imagem” do facilities pelos clientes; e melhorias na produtividade da construção e reformas.

Qual sua avaliação de um prédio inteligente?

Jagadish Naik: É aquele que torna a experiência humana com o edifício verdadeiramente agradável e prazerosa, segura e produtiva. Não se trata apenas da tecnologia e das ferramentas. Trata-se de resultados mais inteligentes e experiência satisfatória para os clientes.  Os custos de apostar em modelos “não inteligentes” podem ser de até 30% de perda de produtividade operacional, entre 10 a 20% de perda em benefícios de eficiência de energia e até 40% menos confortáveis.

Quais serão as tendências para 2019?

Jaxon Lang: Tendências muito abordadas em 2018, Internet das Coisas, análises de dados, conectividade wireless, mobile edge computing (MEC), cabeamento e definições de novos padrões serão os principais impulsionadores de mudanças no mercado de prédios inteligentes, os chamados smart buildings, nos próximos meses. Elas serão as responsáveis pela convergência e pela tendência de preparação, conforme os prédios se transformam na base para campus e cidades inteligentes.

Podemos colocar 2019 como um ano de preparação. Mesmo que algumas empresas estejam apenas preparando o terreno para estruturas com fio e sem fio, para análise de dados, ou para o cabeamento dentro dos edifícios, decisões são tomadas hoje para empreendimentos que estarão disponíveis pelas próximas décadas.

Para o setor de edifícios, será um ano de muita ação, motivado pelo impacto de tecnologias como a Internet das coisas, assim como novidades com e sem fio. Isso levará à convergência de estruturas e da tecnologia que será adotada não apenas nos prédios, mas nas universidades e nas cidades inteligentes como um todo.

O que podemos destacar em termos de conectividade?

Jaxon Lang: Desenvolvimentos em processos como Internet das coisas, 5G, MEC e novos padrões em PoE significam que a tecnologia está mudando rapidamente, e que nem sempre é possível ter certeza do que está por vir. Nesse cenário, é importante que essa fundação forneça flexibilidade para as tecnologia e serviços que virão a seguir.

Com a evolução da Internet das Coisas e a crescente geração de dados, veremos fabricantes e revendas disponibilizando dispositivos para todo o tipo de equipamento, desde conexão básica até a coleta de dados, além da convergência de tecnologias. A exigência de latência ultra baixa em alguns desses dispositivos e de redes com fio e sem fio que permitirão seu funcionamento, vai gerar adoção cada vez maior de MEC, com a capacidade computacional e de armazenamento sendo movida cada vez mais para a borda da rede. E, embora muitos dispositivos de Internet das Coisas, como sensores, não exijam muita largura de banda, todos eles necessitarão de conectividade com redes.

Veremos, portanto, um maior uso de conexões wireless dentro dos edifícios, por conexão Wifi ou celular, especialmente agora que o 5G está chegando. O suporte na mudança de 1 Gbps para 7-8 Gbps na taxa de transferência por usuário, que é um dos casos de uso do 5G, indica que os donos de edifícios comerciais precisam fazer o upgrade de seus sistemas Cat 5 Ethernet para o Cat6A. O sinal 5G utilizará altas frequências que não conseguem penetrar com qualidade nos edifícios, por isso é necessária uma infraestrutura Cat6A para a adesão da tecnologia 5G.

As tendências wireless podem ditar o ritmo de adoção de cabeamento nos edifícios. Energia é outro item que está ditando as mudanças nos edifícios.

O que será preciso fazer para buscar convergência?

Jaxon Lang: Algumas operadoras já começaram a fazer a convergência de redes com fio e sem fio e isso continuará ao longo de 2019 e além. Com as redes wireless cada vez mais predominantes, será necessário, por exemplo, o acompanhamento com suas contrapartes com fios, componentes que tendem a ser envolvidos no backhaul. Desenvolvimentos na tecnologia PoE trarão a convergência entre a entrega de energia e largura de banda, e essa tendência também será vista nas soluções de automação dos edifícios, como o AIM (gerenciamento inteligente da automação, da sigla em inglês), na rede com fio. Enquanto essas soluções são comumente conectadas por links proprietários, podemos esperar uma mudança para a conectividade com base em Ethernet, com fio ou sem fio.


INSCRIÇÕES ABERTAS PARA O 14º PRÊMIO ABRAFAC MELHORES DO ANO 2019

O Prêmio ABRAFAC Melhores do Ano, a principal premiação do setor, foi criado com objetivo de promover conhecimento e valorização de projetos feitos por profissionais e empresas do setor de Facility Management. Isso estimula a produção e disseminação de casos de sucesso dentro do segmento. Participe se inscrevendo no 14º Prêmio ABRAFAC Melhores do Ano 2019 e ajude a escrever novos capítulos na história dos facilities.

Este ano teremos algumas melhorias, como uma etapa adicional com votação pública pela internet que dará a oportunidade para os melhores classificados (12 até 24 trabalhos) de melhorar a nota media recebida na fase dos jurados (mais detalhes e outras melhorias estão no regulamento / edital no hotsite do prêmio – abrafac.org.br/premio).

Assim, convocamos a todos que apresentem suas ideias inscrevendo no 14º Prêmio ABRAFAC Melhores do Ano 2019!

VOCÊ JUNTO AOS MELHORES DA ÁREA DE FACILITIES DO BRASIL!

=> MAIS INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES AQUI <


Com informações do Blog GBC Brasil e Abrafac.

 

 

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